Papéis Legislativos, maio de 2011.
por Fabiano Santos, Mariana Borges e Marcelo Barata Ribeiro
O governo Dilma pode ser considerado como de continuidade ao governo Lula, sobretudo no que tange à composição de uma ampla e heterogênea coalizão de partidos no seu ministério. Contudo, passados os 100 primeiros dias da nova Presidente, algumas inovações foram feitas, desde o aumento significativo do número de mulheres no gabinete até a mudança no perfil de alguns ministérios estratégicos no governo Lula para a política externa. No Congresso, o ambiente também é outro. Apesar da queda significativa da bancada dos partidos de oposição e a saída de algumas de suas principais lideranças, como destacado na edição passada deste Papel, Dilma terá que lidar com o Congresso mais fragmentado do recente período democrático. Ao mesmo tempo, muitos são os desafios que se colocam na agenda do governo e do Congresso, como a reforma política, que está sendo discutida pelos Deputados e Senadores, a reforma tributária, que é uma das prioridades da Presidente, e a continuidade da política externa que busca consolidar o papel do Brasil como importante ator internacional. (…)